21 de dezembro de 2015

Bel Pesce aponta dicas para ter um negócio de sucesso

Bel Pesce, empreendedora e fundadora da FazINOVA, escola de empreendedorismo e habilidades, nasceu em São Paulo e desde muito jovem começou a traçar um caminho de sucesso. Aos 27 anos, já escreveu livros de destaque como “A Menina do Vale” e “Procuram-se Super-Heróis” e foi considerada uma das “100 pessoas mais influentes do Brasil”, pela Revista Época. Em entrevista ao Transamerica Expo Center, a jovem aponta dicas para ter um negócio de sucesso.

  • Com 17 anos, você ingressou no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), mesmo após perder os principais prazos de seleção. Quais habilidades foram fundamentais para o seu sucesso?

Uma combinação de atitude, comprometimento e ousadia, junto com muita preparação e conhecimento foram essenciais. Não adiantava eu ser muito comprometida, ter uma super atitude e chegar para fazer a prova e não saber responder nenhuma questão. Se eu não tivesse corrido atrás, acreditado que era possível e me mexido, não teria acontecido. Eu acredito que habilidades comportamentais como essas, são a diferença em muitas situações.

 

  • Como surgiu a ideia de criar uma escola de empreendedorismo: a “FazINOVA”? O que você oferece aos seus alunos?

 

Faz um tempo que eu analiso quais foram as habilidades que mais me ajudaram a abrir portas na minha vida. Tanto a porta que vocês mencionaram na pergunta passada, ingressar no MIT, quanto para o meu estágio, primeiro emprego e a primeira sociedade. Sempre que eu olho para trás, eu constato algo muito parecido com o que foi mencionado anteriormente, que as habilidades comportamentais foram grandes diferenciais. O que eu estou chamando de habilidades comportamentais é a capacidade de você conseguir se autoconhecer para entender de que forma é possível fazer o seu melhor e como você mais produz. A habilidade de ter visão em longo prazo, a habilidade de ter iniciativa, a habilidade do comprometimento. E eu resolvi começar uma escola para formar protagonistas, para pessoas que não só abrissem negócios como empreendedores, mas que também fossem capazes de colocar projetos em prática, até mesmo dentro de outras empresas, principalmente linkando com habilidades comportamentais. A ideia veio daí, de observar que muitas coisas que agregaram valor ao meu lado empreendedor, não eram ensinadas na escola. Então eu quis criar um lugar que ensinasse isso. O que nós oferecemos aos alunos é uma mistura de habilidades comportamentais, mais ferramentas de planejamento e gestão para que eles consigam ser protagonistas daqueles projetos que acreditam ser relevantes para o mundo.

 

  • O que você aprendeu trabalhando em grandes empresas como o Google e a Microsoft que podem ser aplicadas ao dia a dia dos negócios?

 

Muita coisa! Na Microsoft, eles tinham uma cultura de mentoria muito forte. É muito poderoso você ter alguém para pedir opinião, feedback e compartilhar dificuldades. Eu vi isso lá, com o mentor do projeto que eu tinha lá dentro. Mentoria é algo muito poderoso para o mundo do empreendedorismo, é muito interessante e pode ser algo extremamente importante. Você salva meses ou anos de trabalho, quando você tem um mentor que te faz evitar alguns tombos grandes. Outra coisa que aprendi foi em termos de motivação, de gestão. Tanto coisas que eu queria colocar na minha empresa, quanto as que eu falei: “Quando tiver a minha empresa, eu não quero isso.”

 

  • Qual a principal recomendação que você faria para quem deseja ser um empreendedor ter um negócio de sucesso atualmente?

 

O mundo do empreendedorismo está um pouco mistificado. Às vezes, as pessoas confundem empreendedorismo com glamour. “Pensam: Poxa!, o cara não vai ter chefe, vai fazer o próprio horário, parece uma festa!“. Mas não é bem assim, a maior dica que eu daria é a seguinte: “antes de mergulhar no mundo do empreendedorismo, comece a navegar de leve por ele, aprenda um pouco, se aprofunde mais, se for possível faça um protótipo para aquilo que você gostaria de fazer, analise de verdade os resultados. Isso é mais poderoso do que jogar tudo para o alto achando que o negócio vai dar certo com certeza.”

 

  • Em seu bestseller “A Menina do Vale”, você ressalta a importância do networking. Qual a influência dessa relação para conquistar o sucesso?

 

O meu ponto com o networking não é tentar encontrar alguém que pode resolver as coisas por mim. É entender que você nunca faz nada sozinho, e que existem pessoas que podem te ajudar a ir mais longe. Você vai em busca de um cliente, de um sócio, funcionário, advogado e quando encontra essas pessoas, o networking que você vai criar pode acelerar os desafios que tiver pela frente. Acho que isso faz a diferença em um mundo competitivo, quem mostra propósito, tem networking, às vezes sai na frente pela velocidade, por ter alguém que tenha o contato certo e resolva tudo rapidamente.

 

  • Você disponibilizou o download gratuito dos seus livros “A Menina do Vale”, “A Menina do Vale 2” e “Procuram-se Super-Heróis”. Você acredita que a internet tem um papel fundamental para promover os negócios?

 

Internet é um monstro e dependendo de como for usada, pode ser um monstro do bem, na verdade. Quando você pega algo de valor e oferece para as pessoas, forma-se uma rede grata pelo que você disponibilizou. É um negócio muito louco, você oferece e de repente aparece uma rede grata. Eu nem fiz por estratégia, queria que meu conteúdo alcançasse mais pessoas. Mas como estratégia também é muito poderoso, as pessoas realmente gratas pelo seu conteúdo, indicam a sua empresa para outras pessoas e fazem um forte boca a boca. O boca a boca se converte em mais gente lendo e mais boca a boca. A Internet tem sim um papel muito poderoso na promoção dos negócios.

 

  • Ainda no livro, “A menina do Vale” você cita pessoas que serviram de inspiração, como Steve Jobs, Ayrton Senna, Silvio Santos e Richard Branson (fundador do grupo Virgin). Para você, qual a principal lição de empreendedorismo que eles transmitem?

 

O Steve Jobs é um cara que tinha extrema atenção ao detalhes e era muito visionário. É muito raro alguém ter uma visão de longuíssimo prazo e executar com excelência o detalhe no curto e médio prazo, isso era o que eu admirava nele. Ayrton Senna é para mim uma das pessoas mais dedicadas que já existiram na vida. Um dos cidadãos mais honestos perante o seu propósito. Silvio Santos é um homem que teve uma transformação gigante na vida e ainda assim se mantém humilde e Richard Branson tem muita paixão pelo que faz, extremamente inovador e faz tudo muito bem feito.

 

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