Bienal: como falar sobre coisas que não existem
Obras de arte com uma pitada de ousadia e polêmica: os visitantes irão encontrar isso e muito mais na 31ª Bienal Internacional de São Paulo, que acontece até 7 de dezembro, no Parque Ibirapuera, na capital. A mostra “Como falar de coisas que não existem” retrata assuntos polêmicos como feminismo, sexualidade, violência policial e religião.
Nessa nova edição, a exposição traz 81 projetos de mais de 100 artistas de 34 nacionalidades e foi idealizada pela equipe de curadores Charles Esche, Galit Eilat, Nuria Enguita Mayo, Pablo Lafuente e Oren Sagiv.
De acordo com Pablo Lafuente, em entrevista ao site Catraca Livre, a 31ª Bienal “serve para que o público aprenda com as coisas que não existem – ou até lutem contra elas – numa espécie de misticismo”. A ideia é induzir o espectador a enxergar por meio da arte os conflitos do cotidiano como o preconceito racial, homossexual, criminalidade, entre outros e tentar resolvê-los.
O projeto mais comentado recebe o nome de “Deus É Bicha” e tem gerado polêmica entre os mais conservadores. Em pinturas, fotografias, vídeos e esculturas, os artistas Nahum Zenil (México), Ocaña (Espanha), Sergio Zevallos (Peru) e o grupo Yeguas Del Apocalipsis (Chile) discutem a homossexualidade de forma sarcástica, retratando figuras travestidas com elementos religiosos.
História marcante
Criada em 1962, pelo empresário Francisco Matarazzo Sobrinho, a Fundação Bienal de São Paulo é uma das mais importantes instituições internacionais de promoção da arte contemporânea, notadamente reconhecida pela influência no desenvolvimento das artes visuais brasileiras.
A Bienal de São Paulo atrai olhares de todo o mundo para a arte contemporânea brasileira e apresenta a produção de artistas brasileiros e estrangeiros para públicos de diferentes faixas etárias e perfis.
O evento possibilita que a população se aproxime de obras que não podem ser vistas com frequência, devido às dimensões e condições socioculturais do Brasil.
Apesar do foco principal da Bienal ser a arte, o seu impacto nos campos da educação, da cidadania e da economia também deve ser considerado, pois permite que a cidade de São Paulo se posicione como um dos grandes polos mundiais da arte contemporânea, fator que movimenta a economia local e gera progresso e benefícios para todos.
Acesse o site oficial e saiba mais sobre a Bienal!
Foto: Carla Carniel/Frame/Estadão
Foto: Carla Carniel/Frame/Estadão
Foto: Carla Carniel/Frame/Estadão
Foto: Roseane Aguirra/UOL
Foto: Layal Antanios/Futura Press/Estadão
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