Entrevista: Alexandre Rangel – De executivo a coach
Hoje os coaches estão por toda parte e atuando em diversos setores da sociedade, mas é no ramo empresarial que este tipo de profissional ganha maior destaque. O Transamerica Expo Center teve a oportunidade de entrevistar o reconhecido coach Alexandre Rangel, há 15 anos oferecendo este tipo de serviço. Entre diversas formações acadêmicas e passagens por cargos de respeito, ele ajuda pessoas a desenvolver suas carreiras prestando consultoria, participando de palestras e publicando livros.
Quem tem grandes experiências e conhecimento aplicado para dividir e repassar, como Alexandre Rangel, que atuou por anos em multinacionais, consegue fazer desta atuação um meio de vida, mas se engana quem acha que é fácil. A bagagem necessária deve ser de alto nível e nem todos são capacitados o bastante.
Confira na íntegra o nosso papo com o coach:
Sua carreira como coach te motiva de quais maneiras?
O processo de coaching é gratificante. A sensação de gratificação vem quando, por meio de técnicas especificas, conseguimos fazer com que o próprio cliente (chamado de coachee) se liberte de algumas amarras que o impedem de atingir os objetivos de vida profissional ou pessoal. Esse processo possibilita ao coachee ser uma pessoa melhor naquilo em que ele se propõe a melhorar em termos de comportamento ou de performance. Outro fator motivador na carreira de coaching é se sentir útil como ser humano ao propiciar condições para que outras pessoas se tornem mais felizes.
Como foi fazer a escalada no ramo empresarial?
Foi um grande aprendizado, pois o ambiente corporativo exige muita capacidade para tomar decisões e lidar com pessoas, sendo um desafio diário a administração de conflitos. Na escalada da carreira a cada degrau conquistado aprendi que a habilidade de comunicação é a competência mais importante e saber ouvir é base da sabedoria de um líder.
A decisão de deixar o cargo de executivo para ser coach veio de que forma?
Foi um processo que aconteceu de forma natural e consistente. Como executivo de multinacional, passei por diversas áreas da empresa como Financeira, Marketing, Vendas, Operações, Recursos Humanos e Qualidade. Ainda como executivo escrevi 3 livros sobre gestão e atuei como colaborador nas rádios Eldorado e CBN em São Paulo. Passei a proferir palestras sempre focando em temas como Motivação no Trabalho, Administração do Tempo, Liderança, Trabalho em Equipe e Comunicação. Em vista de toda essa gama de aprendizados resolvi fazer a minha formação em coaching e sigo nesta carreira há mais de 15 anos auxiliando pessoas a se tornarem melhor naquilo que desejam para si.
A gestão de tempo para um produtor de eventos é algo bem complicado de se fazer. Como não deixar isso atrapalhar o profissional?
A gestão de tempo é fundamental em qualquer atividade e não está relacionada com controle, mas sim com hábitos, comportamentos e definição de prioridades. Um produtor de eventos pode prejudicar o trabalho de toda equipe se, por exemplo, chegar atrasado ao local, se não fizer um checklist dos materiais necessários a serem usados, se não definir as prioridades de chegada de fornecedores, se não dedicar tempo para planejar o evento de forma completa com atividades a serem executadas, prazo de realização e definição dos responsáveis. Se o profissional não souber gerenciar o seu tempo ele poderá ser responsável por boa parte dos estresses que acontecem na organização de um evento. Gestão do tempo é comportamental e abrange todos os profissionais, independente da função que e exerce.
Seja no ramo empresarial, lazer, esportes, tecnologia ou até mesmo no âmbito familiar, os coaches estão por toda parte, mas como escolher um para ter o melhor auxílio possível? O que o cliente deve levar em conta?
A proliferação de profissionais que se intitulam de coaches é preocupante. A pessoa interessada deve pesquisar a formação do profissional e referências de trabalho que o mesmo tenha realizado. Há muitos charlatões e como as pessoas que procuram por um coach normalmente se entregam em busca da mudança de comportamento, o risco pessoal pode ser grande.
Locais como o Transamerica Expo Center hospedam eventos de vários tamanhos, sempre reunindo executivos de diversos níveis. Como você analisa essa circulação de informação? As feiras, reuniões e congressos realmente são bons métodos?
As feiras, reuniões e congressos são excelentes formas dos executivos fazerem networking e se atualizarem no que há de mais moderno em seu mercado de atuação. Nos processos de coaching, esses eventos são sempre considerados como formas dos executivos ampliarem seus relacionamentos profissionais.
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