Onde investir: saiba qual o melhor investimento para 2016
O Prof. Dr. Fábio Gallo é docente na Fundação Getúlio Vargas e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, colunista do jornal Estadão e sócio-diretor nas empresas LGM Consultoria e Representações Ltda. e Sinalização e Arte Comunicação Visual Ltda. Doutor em Administração de Empresas atua, principalmente, na área de Assimetria Informacional, Finanças Internacionais, Investimentos e Finanças Comportamentais. Em entrevista ao Transamerica Expo Center, Fábio Gallo fala sobre o melhor investimento, onde investir e empreendedorismo. Acompanhe!
1- Como o cenário político-econômico afeta os microempreendedores?
O ambiente macroeconômico afeta todos os setores e negócios no país. Quando as contas públicas não fecham, a Inflação sobe, a renda cai e para acertar a economia alguns remédios são amargos e trazem efeitos colaterais.
O resultado é ruim para todos, mas em especial para os microempreendedores que têm menos fôlego para suportar o período mais duro da crise. Em geral, o microempreendedor não tem folga no capital de giro e tem sempre dificuldades em adquirir crédito.
Há muitas barreiras para se conseguir crédito por parte do microempreendedor, desde falta de demonstrações contábil-financeiras, documentação em dia e, até mesmo, dificuldades de acesso e de saber solicitar crédito no segmento tradicional do sistema financeiro. O fato é que o microempreendedor é frágil e a piora do ambiente econômico representa risco e exige muita habilidade e criatividade do empreendedor.
2- Quais segmentos se destacam para os que querem iniciar um negócio?
Os segmentos mais propícios para quem quer iniciar um negócio são aqueles que exigem menos capital inicial e estejam menos sujeitos a mudanças repentinas de mercado. O setor de serviços é um campo usualmente mais firme e que exige menos capital, obviamente, dependendo do ramo.
Por exemplo, o ramo de alimentação tende a ser menos volátil. Alguém que queira se aventurar a fabricar algo sempre tem mais risco porque tem que comprar matéria-prima, contratar pessoal, comprar máquinas caras e qualquer recrudescimento do mercado pode levar o negócio a uma situação muito delicada.
3- O setor terciário é o que mais se destaca entre os pequenos e médios empreendedores?
Sim, mesmo com as estatísticas divulgadas recentemente pelo IBGE mostrando que o setor de serviços no Brasil sofreu uma queda em volumes de negócios no último ano, o setor em termos financeiros teve um pequeno crescimento. Usualmente, o setor de serviços é o último a ser atingindo mais fortemente quando há crise no país. Inclusive com absorção de mão de obra de outros setores.
4- As startups são as principais apostas atualmente?
As startups sempre são apostas bem-vindas. O importante é sempre ter uma boa ideia, criativa, e acreditar muito no novo negócio. Negócios bons, com boas perspectivas e inovadores sempre têm espaço no mercado.
5- Como se planejar para dar início a um empreendimento?
Primeiro a pessoa tem que se preparar financeiramente, psicologicamente e em termos de conhecimento. Isto quer dizer:
Deve ser desenvolvido um bom planejamento financeiro de sua vida familiar. Para que possa ficar alguns anos investindo naquela ideia, sabendo que todo o dinheiro ganho no negócio deve voltar para o empreendimento poder crescer. Além disso, o plano financeiro pessoal deve prever como sair do investimento que não der certo, prazo e condições financeiras.
A pessoa deve buscar se preparar psicologicamente para suportar todas as pressões de “investir” (tempo/dinheiro/esforço) naquela ideia e estar preparado para o fracasso.
Buscar conhecimento pleno sobre o negócio e preparar um bom plano de negócios.
6- O quanto é importante fazer um plano de negócio?
É de máxima importância. Não existe um empreendimento, particularmente em nosso mercado atual, sem um plano de negócios detalhado.
Isto ocorre na própria partida porque o empreendedor que quiser buscar venture capital (investidor de risco) ou mesmo angel capital, somente poderá fazê-lo com um plano de negócios vencedor em mãos.
7- Hoje, vemos muito do empreendedorismo on–line. Economicamente, essa é uma saída inteligente para quem quer começar?
Sim, porque é um meio relativamente mais barato e que atinge muita gente. A web é o campo fértil para se fazer negócios na atualidade. Uma campanha bem feita, com boas ideias, atinge milhares ou milhões de pessoas em horas.
8- A que se deve o envolvimento de jovens no empreendedorismo?
É uma tendência natural da aceitação de risco e liberdade para inovar com muita criatividade.
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