25 de outubro de 2012

São Paulo: a metrópole dos grandes eventos

A empresa São Paulo Turismo tem como uma das suas principais atividades consolidar o papel de São Paulo como um pólo de turismo de negócios, entretenimento e lazer. Os números só comprovam o sucesso da capital paulista nesse setor. Segundo estudos realizados pelo Observatório de Turismo, a metrópole recebe 11 milhões de turistas que visitam e participam de mais de 90 mil eventos por ano. Atualmente, as atividades do turismo movimentam mais de 10 bilhões de reais a cada ano.

Para saber um pouco mais sobre o potencial dessa metrópole, a nossa equipe entrevistou Marcelo Rehder, presidente da SP Turismo. Ele nos falou, entre outras coisas, como a cidade se prepara para os próximos anos e comentou a capacidade de São Paulo para receber a Copa do Mundo de 2014.
 

Foto: Caio Pimenta/SPTuris


TEC – Quais os eventos que trazem mais resultados positivos à cidade de São Paulo: business ou cultural?

Marcelo- Na verdade temos vários eventos que, cada um com sua característica, trazem resultados positivos para São Paulo. E, o melhor: são líderes em seus segmentos e não concorrem entre si. Por exemplo, temos a Fórmula 1 com um fator extremamente positivo do ponto de vista da projeção de São Paulo para o público internacional e que atrai um turista de poder aquisitivo elevado. Temos o Carnaval, que atrai um público menor, porém que fica mais tempo na cidade por conta do feriado prolongado. Temos as feiras comerciais, as maiores do Brasil, cada uma em um segmento de expressão. Temos a São Paulo Indy 300 que projeta a imagem da metrópole para os amantes do automobilismo, principalmente no mercado americano. Ou seja: seja qual for o viés do evento, é importante que seja realizado em São Paulo.

A crise econômica chegou a interferir nos grandes eventos de São Paulo? Por quê?

O impacto se dá sobre alguns setores econômicos específicos e isso pode influenciar na realização de eventos desse segmento. De modo geral, não tivemos grande variação e, na média, temos conseguido inclusive melhorar a nossa performance geral como centro realizador de eventos.

Qual o potencial da cidade de São Paulo para receber grandes eventos? A capital oferece uma boa estrutura?

A cidade oferece boa infraestrutura, mas sabemos também onde pecamos e, portanto, onde temos que melhorar. A prefeitura de São Paulo tem investido para isso, seja em ações no Anhembi Parque, seja em projetos maiores como a Expo São Paulo.

Alguns eventos como a Fitness e HSM Expomanagement desenvolvem conteúdos que preparam profissionais e visitantes para o mercado de trabalho e contribuem com a evolução das pessoas, empresas e do Brasil. Qual a importância desses tipos de eventos para São Paulo? O que podem trazer de benefícios a uma metrópole como a nossa?

Em alguns casos, são até mais importantes que os eventos eminentemente comerciais. O perfil econômico de São Paulo mudou. Éramos industriais, passamos a ser de serviços e agora estamos fortemente inclinados para a indústria do conhecimento, caso dos exemplos citados, com o pender especial para inovação e criatividade.

O que podemos esperar nos próximos 5 anos em relação aos eventos em São Paulo? Como a metrópole está se preparando em relação à infraestrutura?

Temos um calendário interessante: com a Copa do Mundo, Congresso do Rotary e Jogos Olímpicos. Além de uma infinidade de eventos sem tanta força midiática. Esses grandes eventos forçam naturalmente o investimento em infraestrutura que, ao final, beneficiará a todos, moradores e promotores de outros eventos. Isso fica claro nos investimentos de mobilidade e capacitação. No horizonte mais amplo, o grande investimento será a Expo São Paulo, na região de Pirituba.

Você citou a Copa do Mundo de 2014, evento esse que deve movimentar a economia do país. A cidade está preparada para receber os milhares de visitantes que estarão presentes nesse grande evento?

Os grandes investimentos em obras já estão alocados e, em muitos casos, até já concluídos. Caso, por exemplo, do Metrô, que desde 2006 tem um vigoroso calendário de investimento, incluindo aporte da prefeitura de São Paulo. Se hoje estamos e até 2014 estaremos inaugurando novas estações, isso se deve a esse investimento feito há cinco, seis anos atrás. Do ponto de vista do atendimento aos visitantes, temos projetos como o “É a língua que nos une”, que ensina idiomas gratuitamente, o “Pode entrar que a casa é sua” que dá entrada grátis em museus e atrativos culturais a mais de 200 mil pessoas que têm contato com turistas. E investiremos ainda mais em sinalizações e orientações turísticas, incluindo instalação de novas centrais de atendimento e informações nos aeroportos.
 

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